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domingo, 30 de maio de 2010

SAÚDE MENTAL – por Martha Medeiros


IMAGEM RECEBIDA PELA INTERNET

(Texto retirado da Revista O Globo – 30 de maio de 2010)

“Acabo de saber da existência de um filósofo grego chamado Alcméon, que viveu no século VI a.C., e que, certa vez, disse que saúde é o equilíbrio de forças contraditórias.

O psicanalista Paulo Sergio Guedes, nosso contemporâneo, reforça a mesma teoria em seu novo livro (“A Paixão, Caminhos & Descaminhos”, em que ele discute os fundamentos da psicanálise). “A saúde constitui sempre um estado de equilíbrio instável de forças, enquanto a doença traz em si a ilusória sensação de estabilidade e permanência”.

Não sei se entendi direito, mas me pareceu coerente. O sujeito de boa cuca não é aquele que pensa de forma militarizada. Não é o que nunca se contradiz. Não é o cara regido apenas pela lógica e que se agarra firmemente em suas verdades imutáveis. Esse, claro é o doente.

Do nascimento à morte, há uma longa estrada a ser percorrida. Para atravessá-la, recebemos uma certa munição no reduto familiar, mas nem sempre é a munição que precisávamos: em vez nos darem conhecimento, nos deram regras rígidas. Em vez de nos ofertarem arte, nos deram apenas futebol e novela. Em vez de nos estimularem a reverenciar a paixão e o encantamento, nos adestraram para ter medo. E lá vamos nós, vestidos com essa camisa de força emocional, encarar os dias em total estado de insegurança, desprotegidos para uma guerra que começa já dentro da própria cabeça.

Armados até os dentes contra qualquer instabilidade, como gozar a vida?

A paz que tanto procuramos não está na previsibilidade e na constância, e sim no reconhecimento de que ambas inexistem: nada é previsível nem constante. E isso enlouquece a maioria das pessoas. Quer dizer que não temos poder nenhum? Pois, é nenhum.

É um choque. Mas o segredo está em acostumar-se com a idéia. Só então é que se consegue relaxar e se divertir.

Ou seja, a pessoa de mente saudável é aquela que, sabedora da sua impotência contra as adversidades, não as camufla, e sim as enfrenta, assume a dor que sente, sofre e se reconstrói, e assim ganha experiência para novos embates, sentindo-se protegido apenas pela consciência que tem de si mesmo e do que a cerca – o universo todo, incerto e mágico.

Acho que é isso. Espero que seja isso, pois me parece perfeitamente curável, basta a coragem de se desarmar. O sujeito com a mente confusa é um cara assustado, que se algemou em suas próprias convicções e tenta, sem sucesso, se equilibrar em um pensamento único, sem se movimentar.

Já o sadio baila sobre o precipício.

E-mail: martha.medeiros@oglobo.com.br” (p.30)

A DOR MORAL DA CRUZ DE VERDADE - DIALOGANDO COM DEUS!



Um dia em meu quarto solitário e triste roguei ao Senhor Deus:

Ó Senhor sinto-me cansado de lutar contra minhas próprias criações! Dai-me senhor a clareza de Espírito para resolver todos os problemas que me afligem. A dor moral é imensa. As vezes tenho vontade de recuar. Em outras vezes sinto necessidade de ir até o final para que se cumpra a justiça. Senhor rogo a Ti para me dar forças e inspirações do caminho que devo seguir. Cansado eu estou, mas com Sua fé sinto-me novamente renovado e fortalecido. Senhor, guia-me para não errar no mundo das suas leis Divinas. Por favor, mostra-me a verdade. Por que Senhor, o mundo não quer deixar de acumular? Não quer dividir a terra. Não quer repartir o pão. E esconde a verdadeira e boa mão. Quando se doa é para depois cobrar o lucro contabilizado pela segunda imperfeita mão. Poucos conseguem dar de coração. A maioria prefere a lógica da "caridade" do lucro da razão. Senhor, guia-me para que eu não precise ficar doente pelo contato nessa relação. Senhor, livra-me da queda. Prefiro a perda de todos os bens materiais do que cair do lugar existencial de SUA consciência. Dai-me a SUA Paz na compreensão dos meus erros e dos meus acertos. Dai-me o equilíbrio no discernimento da SUA Ação em mim. Dai-me a luz da SUA sabedoria. Dai-me a verdade da SUA visão.

Então uma doce voz interior me disse com paciência:

_ Ó criatura vejo que sentes muita dor. Mas, também sei que tu tens que continuar a caminhar. A cruz está pesada. O sangue escorre pelos seus vários cantos do corpo. A dor moral é imensa. Ainda resta muito que caminhar. A estrada de sacrifícios é longa. Seus olhos estão banhados de suor da testa. Suas mãos estão banhadas de sangue das feridas existenciais. Estais cansado, mas nem por isso podes deixar de cumprir a Minha vontade. Os indivíduos inimigos te olham com um olhar de condenação. Aqueles que te traíram estão satisfeitos pelo dinheiro recebido e pela oferta aos cães humanos. Seus pés pisam descalços pedras duras pontiagudas. Ó criatura a sua dor não é assim tão maior que a Minha fé, por isso ainda não sucumbirá a tentação da queda, da queixa e da reclamação! Seus ombros sentem o peso insuportável dessa cruz de verdade. Seu coração reclama o sangue perdido na perfuração das lanças inimigas. Seus pulmões pedem o ar da sua pouca respiração. A cruz de verdade é pesada. Ela foi feita com madeira-de-verdade para que cada um carregue na estrada da vida de sacrifícios das inverdades desse mundo. Ninguém pode deixar de carregar a sua própria cruz de verdade. A coragem de caminhar tem que ser superior ao medo da morte e da incompreensão. A cruz não pode cair. E nem escorregar de suas mãos. E muito menos passada para o outro ao lado que sente compaixão. A cruz precisa ser conduzida com fé e muita devoção. Essa cruz de verdade é o lugar onde todos os pecados serão sacrificados e assim a humanidade será redimida de suas fraquezas. A humanidade das preocupações, das expectativas, das incertezas, das criações ilusórias, das fantasias imaginárias, das hipocrisias, das injustiças, etc. Ó criatura aceite esse desafio de viver e de morrer por uma verdade maior! No último dia-existencial preso a essa cruz verás a Minha glória. A dor se transformará em Bem-aventurança. O caminho deixará de se grudar aos seus pés. O peso da verdade deixará o seu ombro. E assim livre da cruz e do caminho da inverdade poderás dizer: eu sou a raiz, eu sou a árvore, eu sou a madeira, eu sou o sol, eu sou a cruz,
EU SOU LUZ, EU SOU EU, EU SOU FILHO DE DEUS!

Bernardo Melgaço da Silva
Prof. e Pesquisador do Núcleo de Estudos Sobre Ciência, Espiritualidade e Filosofia – NECEF/URCA

Pensamento para o Dia 30/05/2010


“As pessoas atualmente se tornaram mais violentas e cruéis que nunca. Elas utilizam a sua inteligência e habilidades para se entregarem à crueldade. As pessoas apreciam e deleitam-se em infligir dor aos outros de um modo tão amplo que a história revela que aproximadamente 15 mil guerras foram travadas nos últimos 5.500 anos. A guerra atômica iminente ameaça destruir toda a raça humana. Qual é exatamente a causa de toda essa ansiedade e medo? É claro que a fera no ser humano ainda é predominante e ainda não foi superada. Só quando isso for alcançado o nosso país pode alcançar a paz e contentamento.”
Sathya Sai Baba