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segunda-feira, 15 de junho de 2009

Um passeio sentimental pelas ruas do Crato (II)


Um lugar de pessoas de bem

Da Praça da Sé, em direção ao centro, pode-se seguir em várias direções. Ou à esquerda, passando pela Rua Pedro II, atravessando canal do Rio Grangeiro, aonde se chega ao bairro São José, local do ciclópico e centenário Seminário São José. Ou indo em frente, aonde se chega à Praça Siqueira Campos, a “Boca Maldita” cratense, e, ato contínuo, à principal artéria comercial do Crato, a Rua João Pessoa, que, por sua vez, dá acesso ao bairro Vila Alta.

Fiz a opção de seguir à direita da Praça da Sé, pois pretendia chegar até o Largo da Rffsa, onde hoje está erguido um pólo de lazer e entretenimento, o Centro de Referência Cultural e Turística do Araripe. Fui com o propósito de conhecer a cidade cenográfica que foi montada para o evento junino promovido pela administração pública, o São João Festeiro. Fui, pois, pela Rua Senador Pompeu, onde estão localizadas a Câmara Municipal e diversificadas lojas comerciais e agências bancárias. Para chegar até o Largo da Rffsa, fui pela Rua Bárbara de Alencar, passando em frente ao Crato Hotel e pela Praça Francisco Sá, que antes era conhecida como Praça da Estação. Neste local, foi erigido um dos ícones do Crato, o monumento do Cristo Redentor, semelhante, na forma, ao ícone principal da capital carioca. Na coluna do monumento, o dístico-lema da cidade: Sede bem-vindo! Nesta terra há lugar para todas as pessoas de boa vontade.

Passeio sentimental pelas ruas do Crato (I)

Aproveitei a manhã desta segunda-feira para fazer um passeio por algumas ruas do Crato. O ponto de partida foi a casa de minha mãe, na rua Cícero Araripe, bairro do Pimenta, aproveitando o fato de ter dormido lá, fazendo-lhe companhia. Nesta rua, ficam dois prédios característicos da modernidade cratense: os prédios de apartamento Serra Azul e Guimar, ambos construídos por seu João Felipe, na década de 1960, e os primeiros feitos com fins de moradia. Depois, na rua Cel. Antonio Luiz, passei em frente ao Crato Tênis Clube, reduto da elite cratense, que imita a arquitetura de tradicionais clubes da capital cearense, como o Náutico e o Ideal. Seguindo em frente, em direção ao centro da cidade, tem-se uma sucessão de lugares históricos ou representativos. Inicialmente, o Campus do Pimenta da URCA e o Hospital São Francisco, cujo prédio, agora em reforma, data da década de 1940. Em seguida, a Praça Alexandre Arraes que durante toda a segunda metade do século XX foi o aprazível Parque Municipal, espaço de grandes eventos culturais, esportivos e de entretenimento, a exemplo das memoráveis partidas de futebol de salão e dos saudosos festivais de música, na Quadra Bicentenário, e do Salão de Outubro, sob os frondosos oitizeiros. Em um mesmo quarteirão, apinham-se o Colégio Santa Teresa e sua bucólica capela, o Palácio Episcopal e a casa onde funcionou o Senado da Câmara do Crato, famosa por ter sediado o julgamento do caudilho Pinto Madeira, por conta da revolta absolutista de 1831. Em seguida, descortina-se, imponente e majestosamente, a Praça da Sé, no quadrilátero onde a cidade do Crato originou-se. Além do belo e histórico logradouro, este espaço detém outros pontos históricos, turísticos e sagrados, como a Catedral de Nossa Senhora da Penha, a casa da heroína e revolucionária Bárbara de Alencar, apesar de totalmente descaracterizada, a Casa de Câmara e Cadeia, construída por ordem de Dom Pedro II, em meados do século XIX, e onde hoje funcionam os museus Histórico e de Arte. Não obstante, várias casas antigas encontram-se preservadas, conservando suas belas fachadas. É um dos mais belos cartões postais do Crato.