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sexta-feira, 20 de junho de 2008

Houve mudanças em Cuba? - por Armando Rafael

"Embarcaram na conquista de um sonho, mas só encontraram o pesadelo" - Alina Revuelta, filha de Fidel Castro


A nota a seguir foi publicada no site da revista “Veja”, nesta 6ª feira,dia 20:

“Os ministros de Relações Exteriores dos 27 países membros da União Européia decidiram nesta quinta-feira retirar as sanções diplomáticas que impõem a Cuba. A intenção manifestada pelas autoridades européias é de abrir o diálogo, depois das reformas políticas e econômicas implantadas pelo novo governante cubano, Raúl Castro. Entre as condições que os ministros europeus impuseram ao regime cubano em troca do fim das sanções estão a libertação de todos os prisioneiros políticos, o acesso à internet para todos os cubanos e a permissão da viagem de todas as delegações européias à ilha, reunindo-se tanto com a oposição quanto com os membros do governo. A UE se comprometeu ainda a "destacar perante o governo cubano seu ponto de vista sobre a democracia, os direitos humanos universais e as liberdades fundamentais", e a pedir que se respeite a liberdade de expressão e de informação. República Checa e Suécia foram relutantes em aprovar a medida, argumentando que Cuba deveria melhorar a situação dos direitos humanos antes do fim das restrições”.

Meu comentário:

O Reino da Suécia e a República Checa têm razão. Com muito estardalhaço, divulga-se que Raul, o novo ditador cubano – oriundo da dinastia Castro – promoveu três medidas de impacto em benefício da miserável população da ilha-cárcere. Quais seriam essas mudanças? O povo poderá ter livre acesso aos hotéis de Cuba (antes restrito aos turistas) e poderá comprar, a partir de agora, computadores e telefones celulares. Afinal, Cuba – o ícone das esquerdas jurássicas – deixará de ser o único país das Américas a não dispor desses benefícios.
Entretanto, dói dize-lo, a ilha-prisão continua, no mais, como dantes. Os cubanos – mesmo a minoria que recebe dólares de parentes residentes nos EUA (e, com isso, terá oportunidade de adquirir computador ou celular) continuarão submetidos ao um sistema político autoritário que suprimiu a liberdade de expressão e de imprensa. Continuarão vivendo numa ilha onde é proibida a livre organização política e o direito de ir e vir.
Os avanços excepcionais da social democracia na Europa, nos últimos 50 anos, provam que a democracia é o melhor regime político para promover mudanças sociais que levam à redução das desigualdades.