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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

As notícias têm dois lados - José do Vale Pinheiro Feitosa

Andei ausente dos blogs do Cariri por mais de mes, cuidando de escrever um longo texto sobre eventos ocorridos na Índia e na Etiópia no final da Campanha de Erradicação da Varíola. Acho-me obrigado a escrever para os blogs para os quais fui convidado e tento contribuir. Com melhor de mim é claro. Nem sempre do agrado, mas por isso é que somos indivíduos com direito ao contraditório.

O meu afastamento coincide com este período eleitoral que refuto da maior importância para a formação do nosso povo. Até quando criticamos o processo e o comportamento das pessoas estamos contribuindo. Por isso vou fazer aqui o que não gosto.

O Professor Armando Rafael que tem importância de opinião na região e ao qual reputo respeito, acaba de postar uma matéria da Veja quase que se vangloriando da sua ação do que ainda se encontra no campo das "denúncias". Do que será apurado e esclarecido. Não agora, o fato é que a Ministra saiu. Para satisfação de um lado em disputa eleitoral. É isso o que a postagem diz. Por isso resolvi, para trazer o outro lado da notícia a carta da Ministra na ocasião da sua exoneração.





Excelentíssimo Senhor
Luiz Inácio Lula da Silva
DD Presidente da República
Nesta

Senhor Presidente,

Nos últimos dias fui surpreendida por uma série de matérias veiculadas por alguns órgãos da imprensa contendo acusações que envolvem funcionários e familiares meus.

Tenho respondido uma a uma, buscando esclarecer o que se publica e, principalmente, a verdade dos fatos, defrontando-me com toda sorte de afirmações, ilações ou mentiras que visam desacreditar meu trabalho e atingir o governo ao qual sirvo.

Não posso, não devo e nem quero furtar-me à tarefa de esclarecer todas essas acusações e nem posso deixar qualquer dúvida pairando acerca de minha honradez e da seriedade com a qual me porto no serviço público. Nada fiz ou permiti que se fizesse, ao longo de toda essa trajetória de trinta anos, que não tenha sido no estrito cumprimento de meus deveres.

Agradeço a confiança de Vossa Excelência ao designar-me para a honrosa função de Ministra-Chefe da Casa Civil da Presidência da República, e solicito em caráter irrevogável que aceite meu pedido de demissão.

Cabe-me, daqui por diante, a missão de lutar para que a verdade dos fatos seja restabelecida.

Brasília (DF), 15 de setembro de 2010.

Uma agenda possível - José do Vale Pinheiro Feitosa

Reformas em Cuba

Uma das notícias mais importantes da semana foi o anúncio de que o Governo Cubano dispensará um terço da mão de obra do país: 500 mil trabalhadores. Que o processo será feito por demissão, realizando reformas para facilitar a abertura de pequenos negócios privados, pela realocação de gente na agricultura e pela absorção no setor empresarial privado.

Isso tem um peso simbólico imenso sobre a esquerda latino americana e irá abrir o sorriso dos liberais do mercado. Andei buscando no Granma algum ponto de vista cubano, mas não encontrei. Achei alguma coisa por manifestações isoladas de lideranças venezuelanas. Este é um tema para acompanhamento. Um tema de agenda histórica.


A Inglaterra e o Papa

Este é um assunto importante. A mídia viaja na maionese das manifestações contra a Igreja pela pedofilia. É vício de assunto. A importância não está bem aí: o duradouro é o chamamento da Inglaterra para um aprofundamento dos Anglicanos com Roma. Isso é novidade, isso diz muito sobre o rearranjo da Europa. Mesmo que não der em nada, apenas seja as grandes movimentações diplomáticas inconseqüentes, como aquelas da década de trinta, antes da Segunda Grande Guerra.


O papel da mídia nas eleições brasileiras


É tão intenso, tão contínuo que até o Jornal El Pais, mesmo sendo conservador prestou atenção ao comportamento da imprensa brasileira. Nesta altura da campanha eleitoral existem muitas análises do fato: a postura ideológica raivosa da velha direita golpista; a terceirização dos partidos de oposição para a mídia; o ódio das famílias donas dos veículos contra o governo popular e assim por diante.


Precisa um toque novo nisto tudo. Será que este povo não está apenas fazendo seu preço para o próximo governo brasileiro? Aliada do vampirismo que sangra a bolsa popular, a mídia apenas sobe sua cotação.


Os eleitos no Ceará


Estive por aí até bem pouco tempo. Era o tempo das favas contadas. Tudo de uma monotonia atroz. Ninguém que venha para se alertar sobre as grandes transações com a costa litorânea do Estado, com a “avolumação” da violência, com os graves problemas do sistema de saúde e educacional. Ninguém tem idéia para pregar: apenas peça de marketing para se vender. E o povo humilde, vende, por trocados, o direito destes picaretas a terem um escritório no Poder Legislativo. E eles sabem que é assim que funciona. Como um cachimbo de crack.

E o Senado?


Menino, mas se o Tasso escorregar, tudo mundo veria os Gomes andando com as próprias pernas.

Denúncias da VEJA -- mais uma vez – estavam certas --Erenice Guerra foi demitida da Casa Civil do governo Lula (postado por Armando Rafael)


O braço direito de Dilma Rousseff não é mais a ministra-chefe da Casa Civil. Erenice Guerra escreveu sua carta de demissão nesta quinta-feira após cinco meses no comando da pasta. No final da manhã, Erenice se reuniu com o ministro das Comunicações, Franklin Martins, para redigir essa carta, que foi lida por um porta-voz, em Brasília, às 13 horas. Carlos Eduardos Esteves Lima, atual secretário-executivo da Casa Civil, vai assumir o cargo interinamente até a próxima semana, quando Lula deve anunciar quem ocupará a chefia da pasta.
Nos bastidores, fala-se em Miriam Belchior, secretária-executiva do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), para ficar à frente da Casa Civil. O presidente se reuniu nesta quinta-feira com os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e das Relações Exteriores, Celso Amorim, também para discutir o caso.

Denúncias – A sucessora da candidata petista à Presidência não resistiu às denúnicas publicadas em VEJA desta semana, que revelaram que seu filho, Israel Guerra, comanda um esquema de lobby dentro da Casa Civil. Por meio do pagamento de uma “taxa de sucesso”, o filho da ministra facilita a aproximação entre empresários e o governo. Israel é dono da empresa Capital Assessoria e Consultoria e marcava reuniões entre os interessados no negócio e a ministra para garantir sua influência no contrato.
Nesta quinta-feira, o jornal Folha de S.Paulo publicou nova denúncia contra o filho de Erenice Guerra. Segundo o empresário Rubnei Quícoli, Israel pedia 40.000 reais mensais para ajudá-lo a liberar um empréstimo no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Aos olhos do Planalto e do PT, no entanto, o erro mais grave de Erenice foi relacionar o seu caso à campanha presidencial, dizendo que os ataques eram um ato de desespero de um candidato – o tucano José Serra – “já derrotado”. Todo o esforço da campanha de Dilma Rousseff era para manter dissociadas as questões da Casa Civil e do processo eleitoral.
Fonte: VEJA on line