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terça-feira, 7 de outubro de 2008


O grande Pedro I
Armando Lopes Rafael

Há 210 anos, no dia 12 de Outubro de 1798, nascia no Palácio de Queluz – nas cercanias de Lisboa – o Príncipe Pedro de Alcântara, que viria a ser Dom Pedro I, o primeiro imperador brasileiro. Infelizmente, nosso povo pouco se interessa e pouco sabe da nossa história. Por isso, desconhece quem foi esse grande herói.
Em Portugal ele passou à história como Dom Pedro IV, O Rei-Soldado, por combater – na Guerra Civil de 1832-34 – o irmão D. Miguel, que havia usurpado o trono de sua filha, a Rainha Maria da Glória. Mas, ficou também conhecido, em ambos os lados do Oceano Atlântico, como '”O Libertador'” — Libertador do Brasil do domínio português e Libertador de Portugal do governo absolutista.
Segundo João de Scantimburgo, Dom Pedro I foi o “Clarão do Novo Mundo”. O historiador Pedro Calmon, por sua vez, considerou-o “O maior príncipe do século XIX”. Conhecido como o Rei Cavaleiro, Pedro I possuiu, dentre outros, os títulos de Imperador do Brasil, Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, d’Aquém e d’Além-Mar em África, Senhor da Guiné, da Conquista da Navegação e do Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia.
Por sete vezes foram oferecidas a Dom Pedro I as Coroas de três nações: Grécia (em 1822 e 1830); Portugal (1826 e 1834) e Espanha (1826, 1829 e 1830). Mas ele sempre teve preferência por seu querido Brasil, país aonde chegou com 9 anos de idade e que foi palco dos melhores momentos e dos maiores atos heróicos de sua breve vida.
Seu pai – Dom João VI – chegou a cogitar a criação de um imenso Império, com mais de 30 milhões de Km2, composto por possessões portuguesas espalhadas em três oceanos e cinco continentes, tendo a capital no Brasil. Não fosse o retorno apressado de Dom João VI à Europa, essa teria sido a herança deixada a Dom Pedro I.
Deve-se ressaltar ainda que Dom Pedro I era forte no físico e valente no temperamento. Polivalente, além de estadista (chegou a ser Chefe de Estado em dois continentes), foi militar, poeta, músico (é o compositor do Hino Nacional de Portugal até 1920 e do Hino à Independência do Brasil), jornalista, legislador e geopolítico. Sem esquecer que era muito religioso, domador de cavalos, exímio carpinteiro, abolicionista, apreciador das mulheres e de espírito liberal.
Por fim devemos recordar o grande interesse que Dom Pedro I teve em ampliar as Forças Armadas do Brasil. Foi para impedir a sua redução que o jovem imperador dissolveu a Assembléia Constituinte de 1824. A nova Constituição foi elaborada por um Conselho de Estado indicado pelo novo imperador e submetida à aprovação de todas as Câmaras Municipais do Brasil, por elas aprovadas, a começar pela do Rio de Janeiro.
Dom Pedro I morreu no Palácio de Queluz – aos 36 anos de idade – no mesmo quarto em que nasceu. Em 1972, no 150º aniversário da independência brasileira, seus restos mortais foram transportados para o Brasil, onde se encontram na cripta do Monumento do Ipiranga, na cidade de São Paulo.

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