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sexta-feira, 5 de setembro de 2008

No limite nos encontraremos

Nem precisa dizer que já não é o mesmo, pois é redundância. Quem diz alguma coisa só pode dizê-la na seta do tempo. O Crato, Juazeiro e Barbalha já não são as mesmas. Mas a rigor nunca foram as mesmas para ninguém. Quando criança é um todo incontrolável, convivendo junto a mais velhos com lembranças de um prédio que não mais existe e com os muito velhos é queixume puro, nada é mais igual. Então façamos assim: ninguém procura o mesmo. Isso significa que, também, não pode procurar aquilo que continuamente se transforma. E em sendo assim, como fica o Crato, Juazeiro e Barbalha?

Aí é outra coisa. Estamos falando do ponto geográfico e desde que o homem é homem a terra nem se expandiu ou se atrofiou. As distâncias sempre foram as mesmas, todas as três cidades estão nos mesmo graus de longitude e latitude. É neste cruzamento das coordenadas que todos nós nos encontramos. Ontem mesmo o Dihelson passou um tanto apressado com a expressão de quem foi resgatar algum título. Até pensei em cumprimentá-lo, mas a concentração era tamanha que literalmente seria atrapalhá-lo nas lidas. E o Armando Rafael? De óculos escuro. Compreendo é o sol, como poderia enxergar a sombra em que me encontrava?

Muito bem, o Crato está aqui, Juazeiro bem ali e Barbalha na légua de beiço. Mas não pense em ser dono destas volúveis criaturas do mundo. Elas hoje já são muito de ontem e se encontram de olhos para o amanhecer. Com tais amores é preciso saber muito bem o que é o amor. Amar é aceitar as transformações do ser amado. Como é sábio entender, o amor não envelhece, ele nunca se acaba, a gente é que se finda, mas ele não. Se hoje elas quiserem a nudez de suas ruas largas, se desejarem um shortinho, uma tanga ou mesmo uma folha de pitanga, quem há de não olhar e se alegrar de ter um amor deste.

E nós temos muitas alegrias. Não é?

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