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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Saudade da fonte luminosa - por Pedro Esmeraldo


Quando pequeno, não me lembro bem do ocorrido, argioso para conhecer a fonte luminosa, meu pai mandou uma mulherzinha de sua confiança para mostrar-me essa fonte localizada na Praça Francisco Sá, Nesta cidade. Vislumbrava-me com o farfalhar das águas multicoloridas, causava-me admiração ao ouvir o barulho, imaginando como o homem tem o poder de fazer tanta beleza desta arte que a todos deixavam embevecidos ao ver o espetáculo candente da natureza. Ficava entusiasmado e não podia imaginar que o Crato de antigamente houvesse tanta beleza técnica que viesse enaltecer o cidadão comum, através de uma administração sóbria e dardejante, do prefeito Alexandre Arraes.

Era uma fonte moderna que jorrava água e fazia vibrações sonoras com seus movimentos muito rápidos que fremia a mente humana com o movimento periódico das águas.

Em uma hora, entusiasmado, ouvia um vozerio falante dizendo que aquela fonte era semelhante à fonte existente na Praça Paris, no Rio de Janeiro. Fiquei perplexo pois não compreendia o significado desta palavra, até quando, estava em meu estudo mais adiantado, fiquei sabendo que no Rio de Janeiro havia uma fonte luminosa semelhante a essa, pois serviu de modelo para conclusão deste melhoramento aqui da cidade do Crato.

Muito tempo depois, após a morte do prefeito Alexandre Arraes, "o grande prefeito de outrora", desprezaram essa fonte para a tristeza dos cratenses.

Não se sabe porque motivo essa fonte foi abandonada. Talvez, devido ao seu elevado custo, pois a prefeitura não podia continuar conservando esse património turístico do Crato.

Tempos depois, em plena comemoração do Centenário da Criação do Município do Crato, o ex-prefeito Pedro Felício construiu outra fonte, não tão bonita quanto a primeira, mas serviu para atenuar o desejo do povo, pois todos almejavam que esta cidade fosse contemplada com obras primas e que viessem vislumbrar o anseio deste povo.

Infelizmente, não teve sucesso causado talvez pelos mesmos motivos citados acima, já que os ônus da prefeitura são muito elevados e o município é pobre e não tem fontes próprias para adquirir recursos suficientes para a manutenção de monumentos turísticos que venham contornar o ânimo do povo. Por isso, o Crato vem sofrendo as agruras do péssimo atendimento das autoridades do estado, visto que tem o interior como um símbolo de atraso e que não merece nenhum investimento para melhorar a qualidade de vida e o aperfeiçoamento turístico do nordeste.

Neste caso, devia haver uma reação de toda população interiorana, mostrando que tudo é Brasil e merece melhores atenções do comando administrativo do Crato.

Texto de Pedro Esmeraldo

Um comentário:

Carlos Rafael Dias disse...

Parabéns a Pedim Esmeraldo por essa bela crônica, lembrando a nós cratenses das belezas perdidas de nossa querida cidade.