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domingo, 17 de outubro de 2010

A dirieta quer explodir o centro - José do Vale Pinheiro Feitosa

No dia 30 de abril de 1981, um pouco mais de um ano antes das primeiras eleições populares para Governador, durante um show da juventude pelo primeiro de maio uma bomba explodiu no Riocentro no Rio de Janeiro. Iria matar muita gente, mas terminou por explodir no colo de um militar que a armava. Aquilo ajudou a derrubar a ditadura militar.

Em 1982, durante a primeira campanha livre, Leonel Brizola disputa as eleições e polariza com Moreira Franco do PDS (atual DEM). Um panfleto, que tinha as impressões digitais e um agente da extrema direita, sob o formato da antiga Revista O Cruzeiro circulou para destruir a imagem do Brizola.

Agora na Campanha do Tucano José Serra fazem o mesmo. Ontem foi dado um flagrante numa gráfica que imprimia folhetos apócrifos contra Dilma, iguais ao que fizeram no primeiro turno com a questão do aborto. Os folhetos seriam distribuídos nas igrejas católicas de São Paulo e do sul do país a encomenda era de 20 milhões. O bispo de Osasco é apontado como o responsável. E o dinheiro vem de onde?

Aparecem as primeiras evidências da autoria e da fonte da grana a partir da pessoa que contratou a impressão para a gráfica. A Associação Theotokos ligada a grupos cristãos integralistas e o Partido Monarquista Brasileiro que tem o Movimento Identidade Imperial. Na ponta pode estar o Vice de Serra Índio da Costa.

Existe a suspeita do envolvimento da TFP. E assim fica demonstrado que o famigerado Olavo Monteiro de Carvalho ao se queixar das queixas do Lula contra o jogo baixo só mostra vento de ares pestilentos. A democracia está em risco e todos os que ajudam a esta correia podem manchar as mãos. Uma coisa é o debate democrático e outra a pauleira ao estilo punk neonazista contra nordestino em São Paulo.

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