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terça-feira, 12 de outubro de 2010

Uma biblioteca em cada coração - José do Vale Pinheiro Feitosa

O Elmano Rodrigues tem uma dimensão excelsa e que felizmente não é rara aos brasileiros. Ele sempre esteve na vida com senso de igualdade. Tem a alma daquelas diversas gerações que acreditam no progresso das pessoas, na autonomia do individuo e na liberdade coletiva. Ao mesmo tempo, Elmano Rodrigues, é militante. Não se resume ao tédio das tardes de fastio.

Isso que faz no Cariri com a Fundação Enock Rodrigues é coisa de gente grande. Elmano não caiu na arapuca dos azedumes regionais, que selecionam aliados como inimigos dos últimos dias. Ele não caiu na facilidade de falar mal, destratar só por que não gosta do partido, do sujeito ou da prática. Ele tem um objetivo maior. Dar razão à Fundação Enock Rodrigues que leva o nome de um morto pela intolerância política.

Isso é importante, pois muita gente se arvora em passar lições de ética e costumes aos outros com tanta raiva e mágoas que parece discursar defronte ao espelho. O Elmano Rodrigues faz um projeto síntese e que ousa experimentar complexidade. De cara tire logo a impressão que é uma piedosa distribuição de livros para os pobres. O projeto do Elmano é de desenvolvimento institucional e do indivíduo.

Vejam bem como isso é feito: numa só manobra ele envolve a Universidade com o Curso de Biblioteconomia, as Prefeituras, as comunidades e por óbvio, os indivíduos. Isso é o que fazem os grandes países. Não tornam a biblioteca apenas num depósito de livros: as livrarias não mostruários, mas as bibliotecas são uma dinâmica do saber.

Se junto a isso a escola se envolver, mesmo considerando, à distância que a biblioteca, esteja no bairro do aluno. Ao mesmo tempo se a Secretaria de Cultura desenvolver o exercício da leitura como um exercício para cidadania. A oportunidade que tem as comunidades, os pais, os jovens, os trabalhadores de transformarem o ambiente em alvo da compreensão do mundo.

Elmano Rodrigues: tenho orgulho de conhecê-lo. De encontrá-lo sem idade, com o mesmo vigor com o qual renascia no pátio do Diocesano daquele pesadelo que hoje leva o nome da Fundação.

Ao contrário do que a ignorância pensa: a vida é quem vence a morte.

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