Seja colaborador do Cariri Agora

CaririAgora! é o seu espaço para intervir livremente sobre a imensidão de nosso Cariri. Sem fronteiras, sem censuras e sem firulas. Este blog é dedicado a todas as idades e opiniões. Seus textos, matérias, sugestões de pauta e opiniões serão muito bem vindos. Fale conosco: agoracariri@gmail.com

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Vargas Llosa lamenta ditadura cubana e semiditadura de Chávez

O escritor peruano Mario Vargas Llosa, Prêmio Nobel de Literatura 2010, declarou que hoje em dia é mais otimista com a situação política da América Latina e apenas lamentou a presença na região da "ditadura" cubana e da "semiditadura" de Hugo Chávez na Venezuela.

"Há alguns anos eu me sentia pessimista pensando na América Latina. Agora me sinto mais otimista ou, diria, menos pessimista. Hoje em dia na América Latina há uma mudança muito considerável", afirmou Vargas Llosa em entrevista que concedeu na quarta-feira a jornalistas do Grupo Abril, em São Paulo.

"Temos muito mais democracias que ditaduras. Há uma ditadura integral, que é Cuba e que eu acho que está dando seus últimos suspiros, e uma 'semiditadura', que é a de Chávez", afirmou o autor peruano na entrevista à revista Veja".

Vargas Llosa avaliou que, com exceção desses dois países e da Nicarágua, a América Latina conta pela primeira vez em sua história com governos democráticos, incluindo alguns de direita. "O panorama da América Latina mudou radicalmente em um período de 20 ou 30 anos, e isso me dá muita esperança. Agora começamos a recuperar o tempo perdido e é uma coisa muito importante", disse o escritor, que chegou nesta quarta-feira ao Brasil e nesta quinta-feira fará uma conferência em Porto Alegre.

Vargas Llosa elogiou o presidente Lula, mas lamentou que sua política externa não seja tão admirável quanto a interna, referindo-se à sua aproximação com o presidente de Cuba, Raúl Castro, e com o líder do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. "Lula é democrata no Brasil e abraça um ditador repulsivo como o senhor (Raúl) Castro no mesmo momento em que está morrendo um dissidente (cubano). Isso me desconcertou, me entristeceu, me indignou. Lula tem muito prestígio no mundo, então isso significa aprovar um ditador que é um assassino", afirmou.

O autor se referiu à visita que o presidente fez a Havana em fevereiro passado, exatamente no dia da morte do dissidente cubano Orlando Zapata Tamayo, que fazia uma greve de fome. "Eu também não entendo que o presidente Lula abra as portas do Brasil ao ditador do Irã, Ahmadinejad. Ali estão matando mulheres adúlteras a pedradas. Esse personagem não deveria ser recebido como um chefe de Estado respeitável em um país democrático, por um governo democrático", afirmou.

Segundo o Nobel, Lula, uma pessoa que antes acreditava mais no socialismo e na revolução do que na democracia, é atualmente um bastião da democracia latino-americana e um importante promotor de políticas de mercado. "Os empresários estão encantados com Lula. É uma mudança notável", disse.

Fonte: Terra

Nenhum comentário: