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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Liberdade de Expressão - Já.

Luiz Domingos de Luna *

A sociedade é um show apoteótico da interatividade dos seres humanos. Canal vivo, onde a expansão do conhecimento flui numa roldana contínua, na eterna construção da civilidade, neste ínterim, são naturais as mutações sociais ocorram e de forma plena, é sinal de vitalidade da coesão pensamental, do conjunto harmônico, e da convivência no Contrato social estabelecido.
A Linguagem do politicamente correto é um ensaio que pode produzir frutos benéficos para o espaço social como um todo, porém, o problema nasce, quando este, busca a perfeição ou a radicalização, ou mesmo o xiitismo literário, e passa a considerar que e toda a história deve ser adequada a mutação social presente, o que é uma falha, pois senão, vejamos: Quando Monteiro Lobato publicou o artigo Paranóia ou Mistificação, notadamente uma critica ácida aos integrantes da Semana de Arte Moderna, não o fez como movimento literário brasileiro, mas sim, a preservar o pensamento romântico que ainda hoje perdura na literatura brasileira, assim, Monteiro Lobato foi o porta voz de todas as forças literárias que antecederam o modernismo no Brasil.
Claro que muitos escritores pré- modernistas, ao sabor do tempo e das conveniências, viraram a casaca a nova ordem literária no Brasil, e sobre estes, não se conhece nenhuma perseguição de Monteiro para com as adequações e da liberdade de expressão destes neo modernistas, assim; se pode dizer que: Monteiro Lobato, apesar de ser um homem com uma mentalidade formada com as bases sólidas de sua época, não violou a liberdade de expressão dos modernistas, pois, apenas pontuou para a historia o ponto entre dois mundos o pré- modernista e o modernista.
Penalizar Monteiro Lobato é Penalizar Paranóia e Mistificação, a vírgula ou o ponto da historia literária do Brasil nestes dois momentos de fusão da literatura brasileira. Que aconteceu sem maiores transtornos para a unidade do povo brasileiro. Logo, a contestação de Monteiro serviu apenas, para mostrar que a liberdade de expressão era, no inicio do século XX um imperativo inviolável para a sociedade brasileira e que, a liberdade de opinião era algo natural, ele mesmo provocou e provou que esta realidade historia literária aconteceu de fato e de direito.
Cabe a nós do século XXI a missão de, a exemplo de Monteiro Lobato, mostrar que a liberdade de expressão é causa pétrea de nosso de nosso contrato social, sem ela é entrar num mundo onde o desconhecido, a escuridão, vai precisar de uma vela para ler paranóia ou mistificação se ainda existir, para entender onde entramos na zona eterna das trevas desta Paranóia ou Mistificação.
(*) Colaborador do Blog /Procurar na web.

Um comentário:

José do Vale Pinheiro Feitosa disse...

Domingos em primeiro lugar parabéns por sua colocação neste texto. Um dos papéis mais importantes de um blog coletivo é este que você acabou de fazer com a postagem. Aliás sobre uma questão que merece todo o esclarecimento possível e necessário. A questão da radicalidade é sempre bom ter em conta que a literatura a diferencia do termo sectarismo, colocando a questão radical como aquela que vai à necessária raiz das questões. Paulo Freire tem grandes textos sobre isso. A respeito desta questão do Monteiro Lobato já vi desde a posição de Aldo Rabelo muito crítica à questão até outras igualmente bem fundamentadas. A propósito gostaria de sugerir a você que lesse este texto "Não é sobre você que devemos falar, por Ana Maria Gonçalves" no blog biscoito fino e a massa: http://www.idelberavelar.com/. Nesta questão a professora trata de um viés crítico do Monteiro Lobato como de fato ligado ao movimento da Eugenia e comprova isso. O Monteiro tinha objetivamente uma tendência racista.