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segunda-feira, 4 de abril de 2011

Preconceito e discriminação - Por Magali de Figueiredo Esmeraldo

Sabemos que o preconceito, a discriminação e o racismo existem há milhares de anos e estão interligados entre si. O dicionário de Aurélio define o preconceito como: “conceito ou opinião formados antecipadamente, sem maior ponderação ou maior conhecimento dos fatos; idéia preconcebida.” No meio em que vivemos, podemos reconhecer vários tipos de preconceito e discriminação: o social, religioso, sexual, racial e muitos outros. Quase todos os dias nos noticiários, tomamos conhecimento de denúncias de preconceito, até com agressões físicas de ordem sexual ou racial. É indigno o ser humano agir assim com o outro, levando-o a exclusão. Ninguém quer reconhecer que é preconceituoso. A arrogância do ser humano em se achar superior ao outro é imensa. Observamos que dentro de famílias que se dizem tradicionais, em uma cidade grande ou pequena, o preconceito e a discriminação são gritantes. A superioridade de certas pessoas que encaram os que têm menos dinheiro ou menos estudo com discriminação é muito triste, já que somos todos iguais diante de Deus. Isso ocorre dentro das famílias, de parentes para parentes. Pessoas que tratam os outros componentes da família, como se fossem inferiores, só porque têm menos dinheiro, ou porque não possuem um diploma de curso superior. Essas pessoas não entendem o quanto se tornam pequenas agindo assim. O que faz um ser humano importante, é o caráter, a humildade, a bondade, a simplicidade e a honestidade, entre outros valores. O nome de família não tem nenhuma importância. Já ouvi alguém afirmar que foi morar fora do Crato, quando ainda pequena, e quando voltou, a primeira pergunta que ouvia era: de que família você é?

Um humilde trabalhador honesto, mesmo que seu sobrenome não seja tão conhecido, ou não tenha um diploma universitário, tem tanto valor quanto um doutor. Grande parte das famílias que compõem a elite dominante de nossa sociedade são preconceituosas, racistas e discriminatórias. Deveriam se envergonhar de um comportamento tão impróprio para uma pessoa que se diz de família tradicional. Em Crato e em Fortaleza tenho amigos valorosos que não pertencem a famílias importantes, não têm diploma universitário, não são ricos e que dão grande exemplo de vida, com a sua dignidade, retidão, honestidade, bondade e solidariedade. Estão sempre a ajudar ao próximo, principalmente os mais necessitados. Essas pessoas fazem a diferença em um mundo tão cruel, violento e cheio de preconceito, racismo e discriminação.

No livro do Gênesis, podemos observar que o ponto alto de toda obra criadora de Deus é o sexto dia, quando Ele cria a humanidade. “E Deus criou o homem à sua imagem; à imagem de Deus ele o criou; e os criou homem e mulher.” (Gn 1,27). Nesse trecho podemos entender que todos os seres humanos foram criados à imagem e semelhança de Deus. A Bíblia nos ensina que Deus nos ama a todos sem distinção. E sabemos que Ele mandou seu filho Jesus para nos salvar. E Jesus veio nos ensinar a amar e nos manda amar o nosso próximo. Mas o homem na sua prepotência e orgulho se acha melhor do que os outros. No capítulo 25 do Evangelho de Mateus, Jesus diz que tudo o que fizermos com o menor dos nossos irmãos será feito a Ele. Portanto se maltratarmos uma pessoa é a Deus que estamos maltratando.

É maravilhoso sonhar com um mundo melhor e mais humano. A vida seria mais harmoniosa se todos reconhecessem a igualdade entre as pessoas e que não existisse essa doença impregnada na sociedade que é: o preconceito, a discriminação e o racismo. Dias melhores virão, essa deve ser a nossa esperança.

Por Magali de Figueiredo Esmeraldo

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