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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

HOMENAGEM A UM AMIGO QUE SE FOI

Pedro Esmeraldo

Quando iniciei o emprego no antigo DCT, habituei-me a seguir a rota da outrora rua do fogo, hoje denominada de Rua Senador Pompeu. Admirava-me do encontro matinal de um grupo de cidadãos de bem que permanecia lá durante alguns minutos, antes do seu horário de trabalho.
A princípio, atravessava aquela artéria com acanhamento, mas fui perdendo a inibição, aproximando-me deles, tentando enquadrar-me ao rol desse grupo. Enfrentei a turma com confiança e serenidade; esforcei-me para encontrar um ambiente compreensível e agradável, proporcionando-me integrar entre os novos amigos.
Era um grupo praticamente brincalhão, visto que aconteciam brincadeiras sadias, inofensivas, deixando todo tempo com conversas que trouxessem amabilidade. Tudo que eu quero dizer é que havia coesão entre amigos, não havia malícia, e sim gestos de pessoas corretas que praticavam o bom senso e estimulavam a arte do racionalismo social.
Lembro-me que havia entre eles uma pessoa de grandeza espetacular no seu caráter e na sua maneira de agir, por isso senti-me integrado ao grupo que permaneceria por lá há mais ou menos quarenta anos. Esse cidadão agia com muita simplicidade e sinceridade. Não praticava a discórdia entre os amigos, não zombava de ninguém; era bondoso e utilitário, já que tratava todos com atenção profunda. Era fiel e marchava no caminho firme, tinha o costume de evitar a desatenção.
Agora quero ressaltar o grande comportamento de pessoa digna merecedora de aplausos e só fazia o bem e estimulando com seus exemplos a todos seguirem seu caminho.
Trata-se da notável figura de grande valor moral, possuidor de espírito utilitário, taciturno no uso da palavra, foi o senhor Macário de Brito Monteiro, descendente de importantes clãs familiares caririenses, como: José Pinheiro Bezerra de Meneses, cognominado capitão Zeco dos Currais e do Senhor Macário Vieira de Brito, nascido na Ponta da Serra, neste município.
Não há dúvida, em falar, mas afirmo que o senhor Macarinho, como queira tratar, foi com toda certeza um dos maiores líderes da sociedade cratense.
Nunca se via Macário queixar-se e falar mal dos amigos. Era calado, não maltratava ninguém e nem discutia por qualquer brincadeira. Era um senhor observador, não respondia aos insultos, mas preferia dar um tapa com mão de luva aos insultos dos intrigões praticando silêncio.
Para mim, dificilmente há outra pessoa semelhante ao senhor Macário. Creio que algum dia poderá aparecer outro, mas não igual, imitando o seu gesto, pelo menos em parte, poderá ter uma bondade natural se Deus o permitir.
Agora olho para o céu peço ao Bondoso Deus que afaste esses intrujões que vez por outra aparecem naquele local e que não permaneçam mais cutucando os cidadãos com palavras ofensivas, abalando a moral de qualquer pessoa que por lá compareça.
Por fim, algum só tem a casca, e o miolo podre.

Crato-CE, 10/01/2011

Autor: Pedro Esmeraldo

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