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segunda-feira, 5 de março de 2012

UMA TRISTEZA INFINDA - por Pedro Esmeraldo



Domingo de carnaval: andávamos solitários pelas ruas da cidade e não observávamos o movimento carnavalesco. Ficamos aflitos diante desses dias sombrios e permanecíamos totalmente aterrados pela falta de animação de nossos habitantes. Anteriormente, os dias de carnaval do Crato foram contemplados devido às animações que deixavam o povo inebriado pela observação dos festejos que caiam numa esfera de alegria e de bons momentos elevados pela disposição de seu povo.
Nesse período, os habitantes mais velhos desta cidade lembram dos acontecimentos que nos deixavam animados, pois esta cidade foi o berço da civilização carirense.
Por isso, o Crato sofre devido aos descasos de alguns de seus moradores que se deixam acabrunhar diante das fraquezas, entregando os pontos, fugindo da terra, indo passar o carnaval nos grandes centros, e agora no período mais recente, o povo do Crato está prestigiando uma cidade muito menor, que é Várzea Alegre, que não tinha o respaldo carnavalesco do Crato. Isto é uma aberração, desdoiro para os cratenses, pois acarreta esmorecimento que se deixa levar diante das conversas destoantes e do pessimismo doentio.
Os cratenses vivem amargurados, pois não têm força para reagir e deixam a cidade abandonada desse período de festejos carnavalescos.
Em tempos passados, o povo cratense foi um divertido nato, utilizava brincadeiras jocosas e se divertia a valer, possuidor de uma mistura de seriedade, pois tinha o desejo ardente de brincar a fim de extravasar seu sentimento íntimo, livrando-se do pensamento negativo, já que, vez por outra, continha a ânsia de desabafar-se das canseiras e das preocupações diárias.
Certamente, todos enfrentavam barreiras que se pareciam intransponíveis, livrando-se dos percalços e das confusões negativas, desabafando-se as mágoas adquiridas, enfrentando as dificuldades do trabalho diário.
Com o tempo, o carnaval cratense foi se arrefecendo, caindo no esquecimento desse povo, devido a falta de estímulo de alguns políticos do passado que dominavam o Crato, deixando cair os nossos costumes no esquecimento.
Já está na hora de reagirmos, de lutarmos com denodo e o desejo de recuperar nossos festejos carnavalescos por quê nós não devemos cair no esquecimento, mas devemos mostrar que somos fortes e podemos resgatar o nosso carnaval nos mesmos moldes do carnaval passado: reabrindo os blocos carnavalescos, as escolas de samba e o carnaval de rua, pois consideramos o carnaval uma festa do povo e todo o povo deve participar de sua alegria.
  
Crato-CE, 25/02/2012

Autor: Pedro Esmeraldo

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