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quinta-feira, 17 de julho de 2008

O Cariri parece viver as eleições do medo e do escapismo

O Brasil profundo, aquele do espaço real em que as pessoas vivem, trabalham e criam novas gerações, vive eleição e apenas falam de Daniel Dantas. O Brasil que pode ter jeito, no qual se podem discutir outros modos de convivência, novas maneiras de valorizar as expressões culturais e artísticas reais, pois emanadas do dia-a-dia, disputa representantes do povo e falam do noticiário em São Paulo e no Rio de Janeiro.

O Crato, Juazeiro, Barbalha, Missão Velha e todas as cidades da região discutem a sucessão dos seus poderes Executivos e Legislativos e os nossos blogs não aprontam uma nota ao menos sobre o assunto. A compra de votos, o uso da máquina da administração, as verbas de última hora, a demagogia que engana, pois não pode mostrar a verdadeira face. Os vícios de políticas e políticos, antigos e mofados de tanto se repetirem, existem claro como o céu destas manhãs amenas do mês de julho e temos nuvens no debate das cidades.

A educação pública capenga, o sistema de saúde vacilante, a segurança pública que assusta, as ruas que derrubam, a iluminação que não se enxerga, os transportes que estalam e nós aqui falando da EXPOCRATO como assunto único. A convivência desgastada entre vizinhos, os jovens com fantasia de Chantecler, pensando que o sol nasce porque disparam os seus decibéis numa sanha de surdez e nós falando para dentro de nós mesmo e não trazendo o assunto para a campanha eleitoral.

Uma anomalia ditatorial parece ter descido sobre o Vale do Cariri, calando de medo, em portas e janelas fechadas, o debate eleitoral. Alguma ordem pervertida turvou as águas da liberdade, quando as pessoas mais precisam de sua consciência em teste público, a mudez se abateu na alma corajosa do caririense. E este medo é a alma de toda a corrupção seja do caráter, seja esta material.

A voz que não se manifesta no ano eleitoral é a omissão do principal instrumento da vida no presente e no futuro. Quem quer que seja que esteja por trás de tal clima deve à história da região uma expiação de séculos. Estamos vivendo momentos de grandes transições, emerge uma massa demográfica nunca antes experimentada, uma população de natureza urbana, sequiosa por novos meios de vida, sem mais tempo a perder e não é possível que justamente no ano eleitoral nada mais se possa dizer.

O Rio Batateira apodreceu, as Favelas brotam em todas as encostas, a classe média corrói as vertentes da chapada, o desmatamento continua célere, a exploração do solo em larga escala, a questão fundiária deixa terra improdutivas e ninguém pode dizer nada. É uma surde por demais eloqüente para que se esconda a realidade local.

O futuro não é amanhã e nem depois, o futuro é agora e nestas eleições municipais. Voltemos ao debate. Achemos novos modos, nossos meios para suplantar o dragão negro da maldade.

Um comentário:

Junú disse...

OI rapaz! Obrigado pelas palavras!!! FIco feliz! Estamos aí pelo mundo! Mas com o Cariri dentro da gente!
Vc usa MSN? O meu é jbraiz@msn.com

Abraços!