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quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Melhores processos, melhores gestores


Para se candidatar a um cargo do executivo, como o de prefeito por exemplo, o candidato, ao contrário de um pleiteante a uma vaga de juiz, promotor, professor universitário, médico ou dentista de PSF, não precisa ter título de pós-graduação, muito menos ter nível superior. Pode ainda pleitear o cargo, sem apresentar curriculum vitae, comprovando vínculos empregatícios anteriores, seus trabalhos desenvolvidos e respectivos resultados, munidos de boas “cartas de referência”. Pode participar de uma eleição sem ter inclusive as contas aprovadas, em caso de ter ocupado o cargo anteriormente.

Quando eleito, dispõe de 4 anos e se obriga apenas a prestar contas do dinheiro gasto. Pode parecer suficiente à primeira vista, mas para uma nação que clama por melhores oportunidades para todos, apresentar um projeto de governo, apontando claramente as metas a serem alcançadas fazendo uso do orçamento disponível, deveria ser obrigação. Complementarmente, deveria haver uma consulta anual, bienal ou ao final do mandato, para apontar o grau de satisfação do eleitor ao trabalho prestado pelo empossado, podendo esta inclusive vetar uma, possível, futura investidura deste a um outro cargo público. Sonho distante? Talvez. Mais que isso, caminho para mudar esta realidade que privilegia o candidato que tem mais dinheiro, ou é financiado por outros políticos, ao invés de termos servidores públicos, porque é isso que deveriam ser, aptos a gerir nossos impostos transformados em orçamentos também públicos. Jogue a primeira pedra quem achar que o sistema que está ai, não dá acesso a qualquer candidatura mal intencionada, motivada pela ausência de indicadores de qualidade e eficiência.

O sistema vigente não contribui à criação de um Brasil melhor, de menos desigualdade social, de real vislumbramento de um país soberano em suas decisões, de oportunidades iguais para todos. Nos dias de hoje, até o termo “político” parece ter o tom pejorativo, ligado muito mais a habilidade de formar conchavos em busca do número de votos necessário à eleição, do que à qualidade de coordenar ações, nas diversas esferas, que gerem benefícios a seus eleitores. Bom seria termos muitos pleiteantes qualificados e creditados a gerir a coisa pública. Melhor ainda, ver o dia em que estes cargos fossem, todos, ocupados por candidatos à altura da investidura.
Melhores processos, melhores gestores!

Dimas de Castro e Silva Neto, M.Sc.
Eng. Civil, Prof. do Curso de Engenharia Civil da UFC Cariri

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