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quinta-feira, 13 de novembro de 2008

CIDADÃO COMUM: REFLEXÕES SOBRE A CRISE

A população mundial foi surpreendida, há pouco mais de um mês, por uma crise financeira mundial sem precedentes. Para o mercado financeiro americano, uma crise esperada visto que, via de regra, banco que não recebe pagamento de seus empréstimos não paga suas contas e: quebra! Mas o que não se esperava era o efeito dominó. Pelo menos nestas proporções. Nós, felizes cidadãos comuns brasileiros, fomos pegos de surpresa.

A “moda” de investir em ações tem pouco tempo, pelo menos para, a pura, classe média brasileira acostumada a aplicar suas economias em caderneta de poupança, ou arriscar-se em alguma aplicação de médio prazo. Lembro que, no início, muitos se gabavam de terem adquirido ações de empresas como PETROBRÁS e VALE, investimento de retorno rápido e garantido. Ultimamente, era comum, nas rodas de conversa, alguém dizer que estava aprendendo a comprar e vender ações pela internet, como se fosse uma onda sem volta. Complementarmente, fazia muito, mas muito tempo mesmo, que não via alguém dizer que compraria dólares, a não ser pra viajar para os Estados Unidos, destino também em moda graças à “valorização” do real.

Hoje, o que percebo é que todos, economistas e entendidos, dizem ser esta uma crise horrível, mas pouco sugerem à população o que fazer. Uns dão a entender que não se deve deixar de consumir, o que traria o desemprego. Outros ainda, com ar de incerteza, dizem que é hora de economizar visto o panorama incerto. Ou seja, a população não parece saber ainda como agir: gastar ou poupar? Estocar? Aplicar? Em que? Ninguém arrisca! Ninguém ainda sente no bolso os efeitos da crise. O combustível, os alimentos, os aluguéis, os materiais de construção, nada ainda sofreu aumento representativo. Não aconteceram, ainda, demissões em massa ou coisa parecida. Ou seja, pra quem não tinha dinheiro em ações ou tem que comprar dólares, esta crise ainda não chegou.

Penso que a crise é um momento onde muitos perdem, porém sempre há uma maneira de alguém sair fortalecido. O próprio E.U.A. aproveitou-se de momentos extremamente delicados como a primeira e segunda guerra mundiais para se consolidar como maior potência mundial. Quem sabe esta não é a oportunidade do Brasil destacar-se, deixar sua marca, por incrível que possa parecer? Parece que o Governo Federal começou a enxergar isso aumentando o crédito para os setores agrícola e da construção. Outra ação importante, a meu ver, seria a diminuição dos impostos, e facilitação do crédito, as empresas interessadas no mercado interno para que estes produtos tenham preços mais interessantes, vendam mais e, conseqüentemente, não seja necessário haver demissões e assim haja uma compensação da diminuição das exportações. Ao final, dependeríamos muito menos dos consumidores externos e nos “blindaríamos” de futuras, possíveis, crises externas.


Dimas de Castro e Silva Neto, M.Sc.
Eng. Civil, Prof. do Curso de Engenharia Civil da UFC Cariri

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