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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Dilma e Serra participam de debate eleitoral na TV

Encontro foi promovido pela TV Record, em São Paulo.
Denúncias de corrupção e privatização do pré-sal foram alguns dos temas.

Do G1, em Brasília

Dilma e Serra participam de debate em SP. (Foto: Leonardo Soares / Ag. Estado)

Os candidatos à Presidência Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) participaram na noite desta segunda-feira (25) de mais um debate deste segundo turno das eleições. O encontro aconteceu em São Paulo e foi promovido pela TV Record.

O debate foi dividido em três blocos. No primeiro e no segundo bloco, cada candidato fez duas perguntas para o adversário. Quem pergunta tem direito a réplica e quem responde tem direito à tréplica. No terceiro bloco, cada candidato fez uma pergunta ao adversário. Na sequência, eles fizeram as considerações finais.

O debate, que durou cerca de 1h30 e abordou os seguintes temas: Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), obras na região Nordeste, internet banda larga, denúncias de corrupção, Prouni, projeto ficha limpa, saúde, exploração do petróleo do pré-sal, geração de empregos e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

A primeira pergunta do debate foi feita por Dilma. Ela mencionou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e questionou Serra sobre as obras que o adversário propunha para a região Nordeste.

O tucano partiu para o ataque. Ele afirmou que o PAC é uma “lista de obras” e que apenas “1/7 do programa foi realizado até agora”. Serra citou como prioridades obras como a Ferrovia Transnordestina, projetos de irrigação, aeroportos e portos. Dilma rebateu afirmando que as obras propostas pelo candidato adversário estão na sua maioria em andamento. Ela citou refinarias de petróleo e ferrovias como exemplo. Serra rebateu dizendo que o governo federal colocou tudo numa lista e que muitas delas já foram definidas em governos anteriores.

Na sequência, os candidatos começaram debatendo sobre banda larga, mas as declarações partiram para as denúncias de corrupção. Tudo começou quando Serra destacou que Erenice Guerra estava por trás do Plano Nacional de Banda Larga, que na sua visão é ineficiente. A ex-ministra deixou o cargo em setembro em meio a um escândalo de suposto tráfico de influência realizado por seus familiares.

Dilma aproveitou a menção para lembrar que Erenice está sendo investigada e depôs na Polícia Federal nesta segunda-feira (25) e citou o ex-diretor de engenharia da Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, cobrando do candidato do PSDB que o governo paulista realize investigações contra ele. Paulo Preto estava a frente de obras como o Rodoanel e seria suspeito de ter desviado R$ 4 milhões de contribuições para a campanha de Serra. O ex-diretor é investigado também pela Operação Castelo de Areia da Polícia Federal que investiga fraudes em licitações.

O tucano negou que tenha havido o desvio de recursos de campanha e tratou o tema como “invenção”. Ele afirmou que Paulo vem sendo investigado e rebateu destacando a proximidade de Dilma com Erenice. Serra citou ainda o diretor da Eletrobras Valter Cardeal, que seria próximo de Dilma, e destacou a acusação feita por um banco público alemão a Cardeal sobre fraude em um empréstimo. Dilma afirmou que é importante investigar corrupção e voltou a cobrar que se abram investigações contra Paulo Preto.

No segundo bloco, o tema que mais mobilizou os candidatos foi a exploração de petróleo na camada pré-sal. Serra puxou o tema questionando Dilma sobre 108 empresas privadas que teriam se beneficiado no governo Lula de concessões na área de petróleo, inclusive no pré-sal.

Dilma afirmou que antes do pré-sal o petróleo brasileiro era de baixa qualidade e em pequena quantidade. Por isso, segundo ela, é preciso mudar agora o modelo de concessão para partilha. Dilma afirmou que o PSDB vota contra o modelo de partilha no Congresso e, por isso, seria a favor de privatizar o pré-sal.

Serra afirmou que não há diferença entre o petróleo de antes e o atual. Ele afirmou que quem defende o modelo de concessão não poderia ser acusado de privatização porque o próprio governo do qual Dilma fez parte utilizou o modelo mais ainda que o anterior. Dilma reafirmou que há diferença entre os dois petróleos e que por isso é preciso agora alterar o modelo.

Os candidatos tiveram divergências também relativas à área de segurança pública. Serra defendeu a criação do Ministério de Segurança Pública e ironizou ao chamar os veículos aéreos não tripulados (Vants) defendidos por Dilma para patrulhar fronteiras como “disco voador”. A petista afirmou ser “tolice” ridicularizar a proposta e defendeu ainda o fortalecimento da Força Nacional de Segurança Pública.

No terceiro bloco, os candidatos trataram ainda da relação com o MST e a geração de empregos. Nas considerações finais, Dilma focou sua palavra para os eleitores do Nordeste. “Nunca mais o Nordeste, no que depender do meu governo, será tratado como região de segunda categoria”. A petista afirmou ainda que vai focar seu governo em cuidar das pessoas e se disse preparada para ser presidente.

Serra usou sua despedida para enfatizar a importância da eleição e pregar um governo de União. “Quero para o Brasil não intolerância dos punhos fechados, mas a fraternidade entre todos os brasileiros, quero união entre todos os estados, não o antagonismo”. O tucano defendeu ainda que o desenvolvimento alcance todas as regiões

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