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terça-feira, 27 de outubro de 2009

As “coincidências” dos Monsenhores – por Armando Lopes Rafael

Há quatro anos e meio o Cariri perdia dois grandes sacerdotes católicos. Monsenhor Antonio Feitosa (foto ao lado) faleceu em 29 de março de 2005. Doze dias depois – em 12 de abril – foi a vez de Monsenhor Francisco Holanda Montenegro entregar sua bondosa alma ao criador.

Por um desses desígnios da vida, os Monsenhores Feitosa e Montenegro sempre se encontraram próximos um do outro, devido a várias coincidências de ordem pessoal. A propósito, Mons. Antônio Feitosa, escrevendo na orelha do livro “Os quatro luzeiros da diocese”, de autoria do Mons. Montenegro, disse o seguinte:

“Separados, quanto à idade, por três dias apenas, prosseguimos, Monsenhor Montenegro e eu, pelos caminhos da vida, ora lado a lado, ora indo ele à frente. A nossa idade de cristão (dia do batizado) é exatamente a mesma data. Fomos matriculados, no mesmo dia, no Seminário Diocesano do Crato”.

Há mais: eles foram ordenados sacerdotes no mesmo dia, 13 de outubro de 1935, e a morte de ambos ocorreu com uma diferença de apenas 12 dias, como lembrei acima, quando eles iriam completar 70 anos de ordenação sacerdotal.

Tantas coincidências, relacionadas às efemérides pessoais dos ilustres monsenhores, não conseguiram, entretanto, fazê-los parecidos, no que diz respeito ao temperamento ou individualidade. Nisso eles eram bastante diferentes.

Monsenhores Montenegro e Feitosa, que Deus os tenha no Reino dos Justos!

Texto de Armando Lopes Rafael

Um comentário:

Carlos Eduardo Esmeraldo disse...

Alô Armando

Tinha uma grande amizade por Mons. Montengro e admiração pelo Mons. Feitosa, um grande intelectual e conhecedor da doutrina da Igrteja, como poucos. Em 1985, eu tive a honra de juntamente com amigo José Vanderley Landim participarmos do almoço que o clero homenageou os cinquenta anos da ordenação dos dois monsenhores no Palácio Episcopal. No discurso em homenagem a eles o padre Claírton disse que os dois eram ouro em pó da nossa diocese. Nos agradecimentos, o Mon. Feitosa disse que iria se defender de uma acusação. A de que eles tinham sido considerados ouro em pó. Que o ouro para ter alguma maleabilidade precisava ser misturado ao ferro. Assim sendo ele seria o ferro e Mons. Montenegro o ouro. Não esperava uma resposta tão espirituosaquanto essa.
Valeu a lembrança! Abraços