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terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Samuel reconhece erros e retém dinheiro da obra




O prefeito do Crato, Samuel Araripe (PSDB), foi procurado pela reportagem do JC para falar sobre quais motivos decidiu liberar apenas R$ 33.000,00 para a reforma da Praça Siqueira Campos, feita pela empresa Proserv, mediante recursos oriundos do Governo do Estado e conseguidos via emenda parlamentar pelo deputado estadual Ely Aguiar (PSDC). Samuel, que se recusou durante a semana atender às ligações da nossa reportagem, para explicar por quais razões reteve parte do dinheiro para pagamento das obras, tem procurado neutralizar a repercussão negativa da reforma da Praça Siqueira Campos. Ely diz que a reforma feita, está concluída e que não tem divergências com Samuel Araripe. O JC ouviu o deputado Ely Aguiar que, ao invés de responder os questionamentos da população e da nossa reportagem, ficou irrtado, se descontrolou, agrediu a direção do Jornal do Cariri e ameaçou o jornalista Donizete Arruda.

Em seu papel de informar aos nossos leitores, o JC, após frustrada a tentativa de conversar com o prefeito Samuel Araripe, conseguiu, por telefone, falar com o secretário de Infra-estrutura do Crato, Jéferson Felício, que confirmou terem sido liberados apenas R$ 33.000,00. Essa medida, segundo ele, foi adotada porque a empresa Proserv não concluiu a reforma, faltando a colocação de um novo relógio, substituindo os relógios fixados pela construtora, além de polimento da praça, mudanças dos postes de iluminação e melhorias dos bancos.

Nesta semana, o secretário Jéferson Felício vai visitar a praça e mostrar a técnicos da Proserv quais melhorias devem ser feitas. A não-liberação do restante dos recursos, ou seja, R$ 63.000,00, foi tomada pelo prefeito Samuel Araripe.

A prefeitura do Crato divulgou que teria liberado apenas R$ 33.000,00 para a reforma após matérias publicadas nas edições de 6 e 13 de janeiro, do JC de que a obra estaria incompleta e que descaracterizou a histórica Praça Siqueira Campos.
As denúncias de cheques sem fundos emitidos pela empresa Proserv, de envolvimento do deputado estadual Ely Aguiar com a reforma da Praça Siqueira Campos, foram feitas pelo assessor especial do Gabinete do prefeito Samuel Araripe e comerciante Jairo Sampaio, em entrevista na Rádio Araripe AM.

Revoltado, Ely defende construtora, se diz perseguido e ameaça jornalista




O deputado Ely Aguiar (PSDC), em entrevista por telefone ao JC, falou a respeito dos cheques sem fundo emitidos pela construtora responsável pela reforma da Praça Siqueira Campos, do suposto rompimento com o prefeito do Crato, Samuel Araripe (PSDB), e sobre perseguição que vem sofrendo por parte da imprensa do Cariri.

Ely afirmou que quem tem que responder a questão dos cheques é a construtora, pois segundo ele, nada tem haver com isso. "Eu fui autor do projeto e consegui a verba para reformar a praça, R$96.0000,00. Os problemas com a construtora quem tem que resolver é a construtora", observou. Ely tentou ainda justificar a questão dos cheques sem fundo emitidos pela construtora dizendo que "a construtora passou por algumas dificuldades financeiras e, por conta disso, não pagou a algumas pessoas, mas sempre entrou em contato com todas e garantiu o pagamento''.

Quanto ao rompimento com Samuel Araripe, Aguiar disse ser uma completa calúnia de má fé, pois ele apóia o prefeito incondicionalmente e, se por acaso Samuel resolver ser candidato a deputado, ele vai de casa em casa pedir voto para ele. ‘Nunca me passou pela cabeça romper com Samuel. É mentira de quem disse isso".
Aguiar afirmou também que estar sofrendo uma perseguição pelo grupo do Jornal do Cariri, na pessoa do jornalista Donizete Arruda, que, segundo ele, não possui critério, nem índole para acusá-lo de absolutamente nada, pois conhece Donizete de 20 anos atrás e sabe todas os atos ilícitos que ele já cometeu e por conta disto, hoje é proibido entrar em várias repartições de Fortaleza.

Ele afirmou que a Praça Siqueira Campos está bonita e que foi feito uma "tempestade num copo d'água", pois, segundo ele, "não existe nenhuma polêmica a respeito da praça, muito pelo contrario: eu fui injustiçado por ter conseguido a verba para reforma da praça e agora estou submetido a atos de má fé pela imprensa, principalmente, pelo JC".

Ely disse que se Donizete não parasse com essa perseguição sem sentido ele iria espalhar panfletos pela cidade expondo tudo de errado que ele já fez. E que o Jornal do Cariri pertence a um grupo de oportunistas que vivem de arrendar jornal para extorquir dinheiro dos outros. Disse que conhecia Donizete da época que entrevistavam presos em Fortaleza e que não justifica hoje ele caluniá-lo e difamá-lo na imprensa.

A respeito da denúncia do Assessor Especial do gabinete do prefeito Samuel Araripe, Jairo Sampaio, Ely afirmou que foi um ato de irresponsabilidade por parte dele, "pois ele não tinha o direto de ir na imprensa me acusar de algo que eu não tenho nada a ver"


NOTA DA REDAÇÃO DO JORNAL DO CARIRI

O deputado estadual Ely Aguiar ataca a pessoa do jornalista Donizete Arruda, no espaço que lhe foi dedicado democraticamente para se defender de novas acusações sobre o escândalo da Praça Siqueira Campos. Ao invés de se valer de uma oportunidade generosa de refutar as graves acusações contra ele apuradas e que já levaram o Ministério Público para investigar o caso, ele usa sua melhor voz cavernosa para agredir um jornalista.

Mas, para espanto do JC, não inova nas agressões. Diz o provérbio que de um rato não pode nascer senão outro rato. Diante do estouro do escândalo da praça Siqueira Campos, o Sr. Ely Aguiar ficou desesperado em arranjar culpados pelo fracasso de seu negócio envolvendo a construtora Proserv e que resvala na Administração Municipal do Crato, dirigida pelo Sr. Samuel Araripe . O sentimento de culpa por ter destruído pedaço da história do Crato ao participar da indicação de uma construtora, com severa in capacidade para realizar a obra, comprovadamente mostra que o Sr. Ely Aguiar não demonstra que ama e nem respeita a história do Crato.

Compreendo que o senhor não se tenha preparado para fazer essas reflexões. Sobre sua vida não se pode guardar preconceito por ter subido às custas da imagem de miseráveis encarcerados, expostos ao som de sua voz e de dizeres como "colchão de mola cimento". Até os presos tiveram mais dignidade que o senhor ao exibir ressentimento nas duras palavras assacadas contra o jornalista Donizete Arruda, diretor do JC.

O senhor não é o primeiro, e nem será o último a tentar se valer de agressões para esconder a verdade. O deputado federal Eunício Oliveira move dez processos contra o jornalista Donizete Arruda. Seu crime? Reproduzir notícias de idôneos jornais nacionais dando conta de que uma de suas secretarias é investigada pelo Ministério Público Federal por envolvimento com o mensalão no recebimento de recursos do publicitário Marcos Valério. Publicou-se que um dos diretores de sua empresa Confederal foi preso por fraudes em um escândalo em Brasília e outro, da sua construtora, também levado pela Polícia Federal para detrás das grades por corrupção. Esse jornalismo verdadeiro continuará, mesmo que desagrade a quem faz política apenas para se dar bem na vida.

O jornalista Donizete Arruda é temente a Deus, mas também um homem sem medo. E não abre mão de ser sentinela do poder público em nosso Estado, no Cariri e no Brasil. A escolha de ser jornalista foi uma opção definitiva em sua vida, e sua alma está tocada permanentemente pelo compromisso com a ética, com o respeito à sociedade e com a defesa da moralidade pública.

O nobre deputado Ely Aguiar quis transformar o jornalista Donizete Arruda em um rato. É o velho costume de construir suas vitórias nas desgraças dos miseráveis. Aqui não, deputado! Não se aceitam suas posturas silenciosamente. Não lhe é dado o direito de oportunisticamente utilizar o nome de Donizete Arruda como pretexto para encobrir a mácula da destruição histórica da praça Siqueira Campos. O senhor alcunhou o jornalista de "Gigolÿ de político". O apelido está errado. Para combinar com seu modo de viver, seria mais correto, chamá-lo de "Michê de político".

Esse assunto não merecia estar aqui nesse nível de debate. Mas, em respeito ao povo do Crato e do Cariri, não se pode silenciar diante de tantas grosserias. Faça um exame de consciência - pedido impossível de ser atendido, e o deputado Ely Aguiar concluirá a necessidade de admitir a irresponsabilidade e a conveniência do nobre parlamentar em poupar os graves erros da empreiteira Proserv num estranho interesse comum, por isso tantas aleivosias contra a pessoa respeitavel do jornalista Donizete Arruda.
É bom que fique claro, que quem denunciou todo o escândalo, sequer foi o Jornal do Cariri ou o colunista Donizete Arruda. O autor das denúncias de corrupção na reforma da praça Siqueira Campos foi o assessor especial do prefeito Samuel Araripe, Jairo Sampaio. Se Jairo mentiu ao acusar a construtora de dar cheque sem fundo, dentre outras fraudes apresentadas, que o prefeito Samuel o puna. Tarefa difícil, pois Jairo Sampaio cometeu o único delito que foi falar a verdade.

Jairo Sampaio teve a coragem de expor uma agressão ao patrimÿnio do povo cratense. Bem diferente do prefeito Samuel, que não pagou toda a obra, mas vive em dualidade entre ficar ao lado do povo que o elegeu e de punir uma construtora que só deu o ar da graça no Crato por ter como principal atributo a mão poderosa e protetora do deputado Ely Aguiar, responsável pela liberação dos recursos para a reforma da praça Siqueira Campos. Ely refuta as notícias sobre a sua ligação com a construtora, mas os laços são ainda mais estreitos com a indicação de um sobrinho seu para gerenciar as obras de reforma da praça Siqueira Campos.

Entre os benefícios que resultam do privilégio democrático do uso da verdade como arma no trabalho como jornalista é não temer o debate. O deputado Ely Aguiar pensa que é um político acima de qualquer suspeita. Como acidente chegou a Assembléia Legislativa do Ceará, graças a bondade do povo de Crato. Em mais de dois anos de mandato, prometeu ajuda ao esporte cratense e essa colaboração nunca veio. Garantiu que construiria uma estátua e essa obra não saiu do papel. Em sua defesa, pode discursar que conseguiu uns trocados para uma pequena reforma no Mercado, mas impÿs que colocassem o nome de sua santa mãe. A reforma da Praça Siqueira Campos está implicada em um crime ambiental e histórico. Sim, o Sr. Ely Aguiar fez uma grande obra. Uma obra inesquecível: está construindo uma mansão, e que mansão no Granjeiro. Essa obra, ah! Essa obra já entrou para a história do Crato, como a mansão da Casa da Dinda de Collor de Mello entrou para a história do Brasil.

Sr. Deputado, o JC abriu-lhe as páginas para sua defesa. Nada. Nenhuma denúncia foi refutada. Só injúrias e a covarde tentativa de se esconder sobre o manto da imunidade parlamentar para caluniar e difamar um jornalista. Ela não abrange essas declarações. Mas, a imprensa livre é maior do que seus detratores. As páginas do JC estarão À espera das provas de sua inocência. Venha e traga-as. Não tente iludir o cultíssimo povo do Crato com bizarrices. Deixe o caminho delicado das ambiguidades e assuma-se! A verdade liberta deputado Ely Aguiar. Só a verdade liberta. E ela está ao lado do povo, que, por sua sabedoria, já condenou a destruição da praça Siqueira Campos.

Fonte: Jornal do Cariri

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