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sábado, 21 de fevereiro de 2009

Giro pelo Brasil




O ex-deputado federal Sérgio Naya (PP-MG), 66 anos, foi encontrado morto na tarde de ontem em um quarto do hotel Jardim Atlântico, em Ilhéus (BA), onde estava hospedado.

Naya ficou conhecido em 1998 com o desabamento do Edifício Palace II, que completa 11 anos amanhã. Ele era dono da construtora responsável pela obra do prédio.

De acordo com o hotel, Naya foi encontrado deitado na cama e a suspeita é que tenha sido vítima de um infarto. O corpo do ex-deputado foi levado para o IML de Ilhéus.

O hotel informou que foi o motorista que acompanhava Sérgio Naya em Ilhéus que sentiu a falta do ex-deputado no café da manhã e depois no almoço. O motorista procurou a gerência do estabelecimento, que foi até o quarto onde estava o ex-deputado.

Palace II

Naya ficou conhecido com o desabamento do Edifício Palace II, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio de Janeiro), no dia 22 de fevereiro de 1998. O desabamento matou oito pessoas e deixou 150 famílias desabrigadas.

Naya era o dono da Sersan, empresa que construiu o edifício. O Crea-RJ (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro) apontou ´erro grosseiro no dimensionamento´ de pilares e afirmou que Naya era o responsável pela obra.

Um parecer técnico da Justiça do Rio também apontou, na época, erros básicos na execução do prédio, como a presença de umidade e pedaços de mármore soltos na estrutura, pilares com estufamento e corrosão, revestimentos com placas soltas e infiltrações.

O ex-deputado foi condenado a pagar indenizações que variavam entre R$ 200 mil e R$ 1,5 milhão a cerca de 120 famílias do Palace II. Alegou, contudo, não ter dinheiro, e seus bens começaram a ser leiloados, em um processo que se desenrola até hoje.

FIQUE POR DENTRO
Advogado de vítimas diz que morte não suspende o processo

O advogado Nélio Andrade, que defende as vítimas do desabamento do Palace II, disse ontem que a morte de Sérgio Naya não quita a dívida do empresário. ´Hoje (sexta-feira) mesmo, depositamos

R$ 8 milhões na conta judicial referente à venda de um terreno de Naya localizado em Osasco (SP)´, afirmou o advogado.

Diário do Nordeste

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